MOGR
Museu Online de Glória do Ribatejo
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Poemas, Dilemas e Romance
Francisco Pereira Nunes - Glória do Ribatejo
Auto-biografia
Francisco Nunes, nasceu em Glória do Ribatejo a 14 de Junho de 1971, frequentou e concluiu o 1º ciclo na Escola Primária de Glória do Ribatejo; fez a Tele-escola, 5º e 6º ano, no mesmo lugar; Iniciou e terminou o 3º ciclo na Escola Industrial da RARET (Glória) e por fim concluiu o Ensino Secundário na Escola Secundária de Benavente em 1991, na Área de Estudos Humanísticos. Teve frequência Universitária no curso de Direito, da Universidade Autónoma de Lisboa, e na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa em Filosofia, ambos cursos por concluir.
Este espaço é da responsabilidade do autor
Reportagem em vídeo do Lançamento do Livro:
"Ainda Há Tempo"
Francisco Nunes - dia 21-01-2017
Quando entrei na sala da casa do Povo da Glória, lembrei-me de um outro lançamento de Livro que ocorreu precisamente aqui na década 80. Tratava-se do livro: Glória uma Aldeia do Ribatejo, um evento memorável para a Glória, mas a plateia não foi além da dúzia de assistentes. Isto prova que o tempo muda tudo… mas não é o livro de Alves Redol que importa agora…
Hoje, eu quero felicitar o Francisco Nunes pelo seu romance.
Conheci o autor quando ele e outros rapazes, da sua idade, se juntavam lá por casa para ouvir música. Acabei por me habituar e ajudei-os a montar uma rádio para difundirem as preferências musicais entre amigos. O tempo passou e há cerca de 3 anos o Francisco fez locução na Rádio Glória, uma web-rádio que ainda existe, e por lá manteve o seu “Porto de Abrigo”, um programa de rádio da sua autoria que administrou com sucesso, pois já tinha trabalhado noutras rádios locais. Mas, o seu PC falhou um dia e ele interrompeu essas emissões regulares.
O Francisco também vinha escrevendo alguns trabalhos aqui no site do Museu Online de Glória do Ribatejo, conhecido por MOGR, incluindo este romance que está a ser lançado hoje. Foi precisamente no MOGR que o autor deu os primeiros passos nas publicações da sua escrita.
Permitam-me, então, que lhes apresente 2 desses trabalhos que estão publicados no capítulo: “Poemas e dilemas”…
Liberdade
Para mim a liberdade é poder mais… É o infinito sem rumo definido…É ascensão sem poder… É sentir alegria, e vontade de viver. A liberdade não é: - viver apenas em sociedade, em política, em democracia, mas, tão-somente, um grito de rebeldia!
Momento
Chegou a hora de te ver, chegou sem que desse por isso; um estado de alma, um encontro num lugar qualquer. Temo o acaso, a indefinição de ser, que com determinação enfrento, a vontade de viver e aquilo que sempre esperei, que chegasse o momento.
"Ainda há tempo"
Este espaço foi o arranque para o ensaio do livro que Francisco Nunes escreveu dois anos depois com edição da editora Chiado. O que respeitava ao romance foi aqui publicado conforme estava a ser escrito pelo autor, mas como já é livro não faz sentido constar neste espaço do autor e, por isso, foi eliminado todo o texto que acompanhou os primeiros passos do romance. Espera-se que depois de ser lançado possamos ter a hipótese de tecer aqui alguns comentários sobre o livro "Ainda há Tempo".
Aproveitamos a sua presença para lhe pedir que compareça no lançamento do livro: "Ainda há Tempo" no dia 21 de Janeiro de 2017 pelas 15 horas e 30 minutos na Casa do Povo de Glória do Ribatejo. O livro custa 10 euros com direito a autógrafo.
Confira no site Facebook do Francisco Pereira Nunes:
https://www.facebook.com/francisco.pereiranunes.31
Insónia
Caiu a noite sempre devagarinho.
Um sonho que tive à noite contigo.
A noite caiu, sempre calma a noite.
Oh, imenso mar de ilusões;
Oh, criaturas impiedosas que surgem
num pesadelo.
Seca-se-me a boca e transpiro de medo.
Por fim surge uma Luz que me diz,
Que afinal já é dia !
Poemas e Dilemas
A despedida
Dói-me com todo o doer da minha Alma,
Esse ser que se extravasa e liberta.
Voa para longe, para onde tudo é mais belo.
A leveza de Espírito a todos encanta,
E um sussurro desesperado de raiva,
Tem de fugir à realidade do viver,
Como se tudo se extinguisse numa Despedida.
Revelação
Nessa pressa doentia sigo
a ânsia de uma multidão,
Nessa pressa dia-a-dia dou
passos em sua direção.
Milhares, milhões, sonhos
e ilusões, Galáxias, vias-lácteas,
Grandes explosões.
Novamente a rotina dia-a-dia
A pastilha milagrosa
Séculos e séculos passam
Chega mais uma nebulosa.
Uma chuva de cometas
Numa noite maravilhosa
Tanto e tantos planetas,
Mistérios à espera
Da Revelação.
Hesitação
Essa tua hesitação
Num repente a tua alma
Sob o meu olhar a tua mente,
Sou eu quem sente.
Anda mas não anda,
Diz que sim sendo não!
Estendes a mão num sincero
modo de admirar.
Amas o que sou
Sentes como quero.
Sincero o teu olhar,
E o perfilar em cadência
De palavras sábias
De quem sabe amar.
A eloquência do meu amor
E a inteligência da tua bondade,
Palavras, pedras, poemas, dicas, deixas
E textos no teatro da verdade
Onde mora a minha saudade.
Momento
Chegou a hora de te ver
Chegou sem que desse por isso;
Um estado de Alma,
Um encontro num lugar qualquer.
Temo o acaso, essa indefinição de ser.
Enfrento com determinação
A vontade de viver aquilo que sempre
Esperei, que chegasse o momento.
Tarde de Outono
O canto de uma ave que voou…
O horizonte numa tarde de Outono…
Uma melancolia em tempo de mudança…
Esperança, agonia;
Tombam as folhas secas arrastadas pelo vento,
Pessoas e mais pessoas
Num profundo sofrimento
Onde o destino se impõe
Nessa tarde ou momento.
Uma revolta traz força,
Renova a luta do dia-a-dia
De quem vive a rotina,
Por sorte ou ironia até morrer.
Crepúsculo
É um milagre que está a acontecer, uma mudança,
Um momento eterno.
Só por ver, as sensações que tenho,
Que alegria!
A eternidade num momento poético;
Indelével o desejo que tenho de amar.
Um frio agradável, um arrepio desconcertante,
Num instante em que tudo mudou sem nada mudar.
Sinto o meu respirar, o chilrear das aves canoras,
Em férteis lugares outrora…
O crepúsculo, o vermelho-laranja da tarde e
A esperança de haver um minuto igual,
Cheio de alegria e paz, para sempre…
Liberdade
Para mim a Liberdade é poder mais…
É o infinito sem rumo definido…
É a ASCENÇÃO sem poder,
É um governo de forma anárquica…
Sentir mais alegria e vontade de viver.
A Liberdade não é:
-Viver em democracia,
Em sociedade,
Em política, mas tão somente,
Um grito de rebeldia!!
Os seus comentários serão colocados aqui (abaixo)
Celestino Silva - Mais uma vez tive o privilégio de conhecer e ser confidente dos trabalhos de um autor gloriano. No início é sempre difícil, são ideais pessoais, mas esses são sempre os mais importantes. Obrigado Nunes por partilhares com o público algumas das tuas obras literárias … Link do comentador no Facebook
Francisco Nunes - Olá a todos os potenciais leitores. Achei por bem não ser egoísta e aceitar o convite do meu amigo Celestino Silva para publicar um pouco da minha obra. Obrigado amigo e obrigado a todos os glorianos e não só! Abraços e Beijinhos! F.N. … Link do comentador no Facebook
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Poema de celestino Silva - Lenda da Glória
